21 de junho de 2016

Projetos terapêuticos melhoram rotina de pacientes internados no Hospital do Câncer Tarquínio Lopes Filho

Foto-3_Francisco-Campos_SES_100620116-Projetos-terapêuticos-melhoram-rotina-de-pacientes-internados-na-Rede-Estadual-de-SaúdeO Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES), tem instalado nas unidades hospitalares da rede estadual de saúde, um conjunto de projetos terapêuticos. As atividades auxiliam os pacientes e, também, familiares no processo de restabelecimento da saúde de forma humanizada, lúdica e integrada.

“São ações que tornam rotinas difíceis mais leves e humanizam as relações com os pacientes. Além de toda assistência médica, estas atividades promovem o bem estar e melhoram a autoestima do paciente”, disse o secretário de Estado de Saúde, Carlos Lula.

Em São Luís, o Hospital de Câncer Tarquínio Lopes Filho (HCTLF), administrado pela Emserh, tem desenvolvido diversas ações nesse sentido. As atividades individuais e em grupo com os pacientes internados e acompanhantes possibilitaram a criação de espaços para escuta e compartilhamento de vivências entre os participantes. São disponibilizados sete projetos terapêuticos desenvolvidos na unidade.

Dentre as atividades realizadas conjuntamente com a equipe multiprofissional do hospital e direcionadas pela coordenação de Terapia Ocupacional e Núcleo de Educação Permanente (NEP), estão os projetos ‘Doe lenço, doe alegria’ e ‘Doe boné, doe alegria’. O objetivo é reunir peças arrecadadas no hospital. Os objetos são distribuídos uma vez por semana para mulheres e homens que realizam quimioterapia na unidade. A iniciativa melhora a autoestima, além de proteger os pacientes do desconforto da exposição ao sol.

“A rotina do hospital é naturalmente estressante para pacientes e acompanhantes. Por isso, o que fazemos serve para minimizar os efeitos negativos da hospitalização. Tentamos tratar de esperança, fé, motivação e tudo isso colabora com os tratamentos”, explicou Leilian Carneiro, terapeuta ocupacional do HCTLF.

Dona Maria de Fátima Alves, 60, está em tratamento há três anos no HCTLF. Residente no município de Vitorino Freire, a cada 15 dias ela retorna à capital para realizar sessões de quimioterapia. Usando um lenço que recebeu em dias de distribuição pelo ‘Doe lenço, doe alegria’, ela conta que não sai de casa sem fazer uma das amarrações que aprendeu em uma oficina do projeto. “Eu acho muito importante esses momentos. Lidamos com uma doença que faz com que tudo tenha mais sentido para nós. Um sorriso, um abraço, e mesmo essas doações, são como um carinho que torna os nossos dias melhores. O meu caso está grave, mas não perco o sorriso e nem mesmo a vontade de me arrumar”, afirmou.

Cinema no Hospital 

O ‘Cinema no Hospital’, exibido no auditório, proporciona o incentivo à cultura, integração e relaxamento dos pacientes durante a sessão especial. O ‘Dê mais amor’, divulga a importância da prevenção do câncer para os familiares e apoia quem está em tratamento, promovendo carinho, amor e esperança, por meio de mensagens depositadas em uma urna e entregues aos pacientes.

Outra forma de promover um espaço mais acolhedor é com o ‘Escolha a Calma’, realizado em parceria com uma professora de meditação. O projeto proporciona tanto para os profissionais de saúde quanto para os pacientes e acompanhantes, atividades de meditação que promovem a escolha consciente da paz e auxiliam os envolvidos a superarem o medo e a raiva. Já o ‘Pintura em tela – O toque’, além de atividades com músicas como recurso terapêutico, e comemoração de datas como aniversários, os estimula a expressarem suas emoções.

Gizelda Mota, que também compõe a equipe de terapeutas ocupacionais do hospital, trabalha há 10 anos na área. Ela explica que os projetos de humanização contribuem significativamente para a reabilitação. De acordo com a profissional, uma das funções que o serviço cumpre é reinserção social dos pacientes hospitalizados, e a música, a arte, dentre outros, são positivas nesse sentido. “No começo, encontramos certa resistência deles em querer participar dessas propostas, mas aos poucos eles começam a entender os benefícios desse trabalho”, afirmou.

Daucyana Castro