10 de maio de 2018

Hipertensão: como evitar a doença que prejudica coração e outros órgãos

Mais popularmente conhecida como pressão alta, a hipertensão arterial pode ser vista como o “mal do século”. Mas a boa notícia é que ela é prevenível, ou, em outras palavras, pode ser evitada de acordo com nossos hábitos de vida. Entretanto, antes de saber como evitar a pressão alta, é preciso entender o que provoca a doença e os prejuízos à saúde.

A explicação começa pelo bombeamento do sangue, feito pelo coração por meio das artérias. Esse movimento de bombear é dividido em pressão sistólica (contração) e diastólica (relaxamento do coração).

A pressão sistólica normal vai até 120 mmHg e já é considerada elevada quando passa de 140 mmHg. No caso da pressão diastólica, a normalidade é de 80 mmHg e não é bom que ultrapasse os 90 mmHg. Se ultrapassadas essas médias, o coração acaba se esforçando mais para que o sangue chegue até todo o corpo, provocando a doença.

 

O cardiologista do Hospital Universitário de Brasília (HUB) Gustavo Gir esclarece que a pressão arterial varia ao longo do dia, por conta de vários fatores externos, como exercícios físicos ou repouso. “Em geral, ela mantém certo nível e tem as variações maiores relacionadas ao sono e outras demandas do dia a dia. Por exemplo, depois da alimentação pode cair um pouquinho para a digestão. Uma emoção mais forte ou uma briga pode gerar um pico de pressão, que em certos pacientes pode ser perigoso, causar até um infarto”, explica.

Prejuízos à saúde

Se a pressão não vai bem, não é só o coração que reclama. Além de doenças cardíacas, a hipertensão arterial pode levar prejuízos aos rins, que passam a funcionar com dificuldade, aos olhos, afetando a visão, e ao cérebro. E quando se trata de pressão alta, o corpo avisa por meio de dores no peito, dor de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, visão embaçada e sangramento nasal. “Os sintomas são muito inespecíficos. Às vezes a pressão está elevada por conta da dor de cabeça e não porque é a causa dela. Eles geralmente acontecem quando o paciente já está exposto à hipertensão por longos anos”, elucida Gir.

Outro agravante quando se trata desta doença é a herança genética. Em 90% dos casos, ela é herdada dos pais. Por isso, quem tem ocorrências mais próximas na família deve ter cuidado redobrado com os fatores externos. “Deve cuidar, mas isso não significa que a pessoa vá desenvolver a pressão alta, se ela tem um padrão de vida saudável, mesmo com o histórico familiar. Ou o desenvolvimento é bem mais tardio do que costuma ocorrer nos parentes”.

Quero me prevenir, o que faço?

Com ou sem predisposição à hipertensão, todo mundo pode se prevenir com ações simples. O Blog da Saúde fez uma lista com 10 cuidados importantes:

1. Manter o peso adequado;
2. Não abusar do sal (utilize outros temperos que ressaltam o sabor dos alimentos);
3. Evitar alimentos gordurosos;
4. Praticar atividade física regularmente;
5. Aproveitar momentos de lazer;
6. Não fumar;
7. Moderar o consumo de álcool;
8. Controlar o diabetes;
9. Evitar o estresse;
10. Medir a pressão arterial com regularidade (pessoas com casos na família ao menos duas vezes por ano).

fonte: Ministério da Saúde

Daucyana Castro