O governo do Maranhão promoveu sexta-feira, 23, em São Luís, no hospital infantil Juvêncio Matos, o 1° Seminário da Prematuridade, evento de capacitação técnica voltado a profissionais de saúde que atuam em maternidades. Organizado pelo Programa Estadual de Residência Multiprofissional em Neonatologia, o seminário faz parte de uma série de ações dedicadas ao Novembro Roxo, campanha mundial de sensibilização sobre a ocorrência de partos prematuros. A prematuridade é atualmente a principal causa de mortalidade em crianças menores de cinco anos em todo o mundo.
“O objetivo do seminário foi criar um espaço importante de discussão e troca de experiências e conhecimentos multiprofissionais sobre a prematuridade”, explica Roama Paulo da Costa, presidente da Comissão de Residência Multiprofissional do Maranhão (COREMU). “Nossa intenção é fazer com que o corpo clínico das maternidades, principalmente os médicos residentes, não apenas aprimore suas técnicas de tratamento, mas, passe a ter um olhar integral para o recém-nascido, com foco na humanização”, conclui Roana.
Ao longo do evento, médicos, enfermeiros, fisioterapêutas e outras categorias profissionais vinculadas à área da sáude tiveram acesso a várias palestras e mesas-redondas relacionadas ao nascimento de bebês prematuros. Uma das convidadas foi a médica Marynéa Vale, presidente da Sociedade Maranhense de Pediatria, que ministrou palestra sobre a atenção humanizada ao recém-nascido de risco. “Dentro do calendário da Saúde, o mês de novembro foi dedicado à prevenção da prematuridade e é super importante a realização de eventos que chamem a atenção da sociedade sobre essa temática sensível à vida de muitas famílias”, destaca.
Para o diretor clínico da EMSERH, Rodrigo Lopes, o principal ganho com a realização do 1° seminário sobre Prematuridade será proporcionar uma assistência mais humanizada às famílias dos bebês prematuros. ”O Maranhão não dispôe de tantos especialistas nessa área. Em eventos como esse conseguimos capacitar um volume expressivo de profissionais da rede pública de saúde, a fim de prestar uma assistência melhor, tanto aos bebês quanto às suas famílias”, finaliza.
Em todo o mundo, nascem anualmente 20 milhões de bebês prematuros e de baixo peso (menores de 2,5kg). São considerados prematuros ou pré-termos, bebês nascidos antes de completar 37 semanas de gestação. Um terço deles morre antes de completar um ano de vida. No Brasil, de acordo com o inquérito nacional sobre partos e nascimentos, elaborado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a taxa de prematuridade nos partos é de 11,5%, quase duas vezes superior à registrada nos países europeus, colocando o Brasil na 10ª posição no ranking mundial de nascimentos prematuros. O avanço da medicina tem possibilitado que a grande maioria desses bebês nascidos antes do tempo consiga se desenvolver e crescer com saúde.
Fonte: Comunicação e Marketing/EMSERH
Daucyana Castro