No calendário da saúde, a próxima terça-feira, 13, traz o Dia Mundial de Combate a SEPSE, data que assim como outras são escolhidas com o objetivo de chamar a devida atenção para determinadas doenças e seus respectivos cuidados de prevenção e tratamentos. O “Dia de Sepse” como também é conhecido, poderia ser apenas mais uma dessas datas em que se tenta conscientizar diferentes públicos sobre variados temas. Poderia ser apenas mais um “Dia D”, não fosse a gravidade e complexidade desta doença, que, segundo o Instituto Latino Americano de SEPSE – ILA mata mais do que infarto e câncer e é responsável pela ocupação de cerca de 30% dos leitos de UTI no país, sendo também a principal causa de morte em UTI’s. Além disso, indiferente à classificação social, acomete mais de 400 mil brasileiros anualmente, sendo que 50% destes vêm a óbito.
A SEPSE é um conjunto de manifestações graves em todo o organismo produzidas por uma infecção. Antes conhecida como septicemia ou infecção no sangue, hoje é mais conhecida como infecção generalizada, uma das principais causas de morte nos hospitais do Brasil. Por vezes, a infecção pode iniciar-se em apenas um órgão, como por exemplo, o pulmão, mas provoca em todo o organismo uma resposta com inflamação numa tentativa de combater o agente da infecção. Esse quadro inflamatório pode vir a comprometer o funcionamento de vários dos órgãos do paciente, levando a óbito se não abordado de modo precoce e correto. A doença é a principal causa de morte por infecção em todo o mundo, fazendo milhões de vítimas anualmente.
Na comunidade médica, sobretudo a ligada aos setores de emergência e terapia intensiva, a SEPSE tem sido uma preocupação constante, sendo pauta de amplas discussões em eventos temáticos e em datas como a desta terça-feira, quando o assunto ganha destaque em cenário mundial e nacional dada a gravidade da doença. Embora o assunto não seja fato novo, sobretudo nos ambientes hospitalares, há ainda muito desconhecimento sobre o tema, daí a necessidade de que a discussão sobre SEPSE seja evidenciada tanto para leigos, como no próprio cenário de profissionais da saúde.
Em São Luís, o tema será abordado durante toda esta terça-feira, numa programação voltada para os profissionais da rede pública de saúde. O evento “Dia Mundial de Combate à SEPSE”, promovido pela Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares – EMSERH, responsável por gerir parte das Unidades de Saúde públicas do estado, busca alinhar diretrizes e protocolos de SEPSE, orientando profissionais de diversos setores da área médica sobre a necessidade de medidas preventivas, a importância da higienização correta das mãos, reconhecimento precoce e tratamento eficaz da doença.
Na programação estão palestras de médicos, infectologistas, farmacêuticos, entrega de material informativo, apresentação de vídeos e principalmente, a participação de todos os envolvidos pela redução dos índices de SEPSE, doença que mata uma pessoa a cada segundo no mundo.
MAIS INFORMAÇÕES
O QUE: Dia Mundial de Combate à SEPSE
QUANDO: Terça-feira, 13 de Setembro
ONDE: Auditório do Palácio Henrique de La Rocque
QUE HORAS: Das 9h00 às 18h00
Daucyana Castro