Crianças, adolescentes e familiares de portadores de Diabetes congênita tiveram nesta sexta-feira, 6, em São Luís, mais uma oportunidade de aprimorar conhecimentos sobre os cuidados e tratamento da doença. O serviço estadual de Diabetes e Hipertensão do Centro de Especialidades Médicas do Diamante promoveu uma nova etapa do projeto “Educação em Diabetes para crianças e adolescentes”.
No encontro, realizado a cada três meses, uma equipe multidisciplinar de saúde do CEM Diamante, unidade referência estadual no tratamento especializado de Diabetes, se reúne com pacientes e seus familiares para trocarem informações e experiências sobre o tratamento e controle da Diabetes.
“A educação continuada do Diabetes é um passo fundamental para o controle da doença”, explica a endócrino-pediatra Débora Lago., coordenadora do grupo. “Esses encontros trimestrais entre profissionais de saúde, pais e crianças portadoras de Diabetes têm como objetivo principal fortalecer a importância da família dentro do processo da melhoria da qualidade de vida dos pacientes”, reforça.
Nesse novo encontro sobre educação em Diabetes o foco principal foi a alimentação. Pais e mães puderam esclarecer dúvidas sobre a dieta recomendada a portadores de Diabetes congênita e também saber mais sobre a Contagem de Carboidratos, terapia nutricional que contabiliza os gramas de carboidratos consumidos nas refeições e lanches, a fim de manter a taxa de glicemia dentro de limites convenientes.
“Quando as mães aprendem a fazer o acompanhamento nutricional, essa alimentação adequada ajuda muito no controle permanente da glicemia na criança“, comenta a nutricionista Aline Albuquerque. “Os hábitos alimentares tradicionais do maranhense incluem muitos carboidratos (farinha, pão, arroz etc), e isso acaba dificultando muito o controle das taxas de açúcar dos portadores de Diabetes”, aponta a nutricionista.
O projeto “Educação em Diabetes para crianças e adolescentes” é desenvolvido há três anos pelo serviço público estadual de Diabetes e Hipertensão.
O trabalho é feito por uma equipe multiprofissional, composta por endocrinologista, nutricionista, psicólogo e assistentes sociais.
A psicopedagoga Késsia de Almeida Andrade descobriu no início do ano que seu filho único, de 10 anos de idade, era portador de Diabetes tipo 1. O diagnóstico da doença mudou bruscamente a rotina da família, que precisou se adaptar rápido às mudanças de hábitos de vida que a Diabetes impõe.
Nesta sexta-feira, acompanhada do marido e do filho diabético, a psicopedagoga participou ativamente da nova etapa do projeto “Educação em Diabetes para crianças e adolescentes”, realizada no auditório do CEM Diamante. “Não perco por nada nesse mundo esses encontros”, comenta. “Cada nova edição é um reforço importante nessa batalha diária e permanente pela saúde do meu filho”, finalizou.
Fonte: Núcleo de Comunicação e Marketing da EMSERH
Daucyana Castro