28 de setembro de 2020

Projeto de restauração une sustentabilidade e economia ao recuperar mobílias de unidades de saúde

A primeira unidade contemplada com as mobílias restauradas foi a UPA do Vinhais

Por Daucyana Castro

Sustentabilidade e custo benefício. São as grandes vantagens em restaurar móveis ou objetos. A restauração possibilita que um objeto, que provavelmente ficaria sem uso ou seria descartado, seja recuperado e reutilizado por muito mais tempo.

Foi com esse propósito que a Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH) criou o projeto Oficina EMSERH. A ideia é identificar a mobília de unidades de saúde que não estão em condições regulares de uso, restaurar e devolver em perfeitas condições às unidades. A empresa administra 70% das unidades de saúde do Estado.

“Além de contribuir com o meio ambiente, a ideia da Oficina EMSERH proporciona uma economia significativa e também melhora consideravelmente a situação dos móveis usados nas nossas unidades de saúde. É uma prática sustentável e que trata com responsabilidade tanto os recursos quanto o patrimônio público”, apontou o presidente da EMSERH, Marcos Grande.

O projeto teve início em agosto e até o momento já foram recuperadas poltronas, cadeiras de banho e cadeiras de rodas. A oficina funciona no Hospital Aquiles Lisboa, situado no bairro da Vila Nova, em São Luís. São três profissionais que atuam na restauração da mobília, um soldador, um tapeceiro e um auxiliar. Entre os materiais utilizados no reaproveitamento estão napa, espuma, zíper, tinta, cola, solda, linha, rodinhas e etc.

Poltronas restauradas com o projeto

A primeira unidade contemplada com as mobílias restauradas foi a UPA do Vinhais. O material foi levado para a oficina e uma semana depois devolvido à unidade de saúde em perfeitas condições. “Ampliamos o número de leitos e os móveis restaurados vão servir para dar mais conforto aos usuários”, disse a diretora da UPA Vinhais, Carol Hortegal.

O diretor de Planejamento e Governança da EMSERH, Raul Fagner Leite da Silva, responsável pela execução do projeto, explica que a reciclagem é uma alternativa que vem ganhando força e que deve ser incentivada.

“Só para se ter uma ideia, a economia que conquistamos com a restauração da mobília é referente a 83,78%. Uma poltrona nova custaria em média R$ 990,00. Com os custos e materiais para fazer o reparo da peça, o gasto foi de apenas R$ 160,60. É mais que um projeto, é o zelo pelo patrimônio e recurso público”, avaliou Raul Fagner.

Daucyana Castro