15 de julho de 2016

Projeto ‘Cinema nas enfermarias’ melhora rotina de pacientes internados no Hospital de Câncer Tarquínio Lopes Filho

Foto 2_Francisco Campos_SES _13072013 - Projeto ‘Cinema nas enfermarias’ melhora rotina de pacientes internados no Hospital de Câncer Tarquínio Lopes FilhoA manhã dos pacientes internados na enfermaria 101 do Hospital de Câncer Tarquínio Lopes Filho (HCTLF), gerenciado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), começou diferente nesta quarta-feira (13). Com uma história de relação direta com o amor próprio, perdão e principalmente sobre o poder da oração, os pacientes participaram do projeto ‘Cinema nas enfermarias’, da equipe de terapia ocupacional da unidade, que exibiu, nesta segunda sessão do projeto, o filme ‘Quarto de Guerra’.

Oportunizar esses momentos, que fogem da rotina habitual dos pacientes, segundo a coordenadora de Terapia Ocupacional do HCTLF, Leilian Carneiro, é uma forma de contribuir no tratamento de maneira exclusivamente positiva. “O projeto começou no dia 8 de julho e tem o enfoque terapêutico de minimizar o estresse da internação, melhorar a rotina dos pacientes, contribuir com a qualidade de vida dentro do hospital, além de propiciar um ambiente hospitalar com atendimento humanizado, voltado para, de alguma maneira, melhorar o bem estar de nossos pacientes e acompanhantes”, explicou a terapeuta.

Dona Maria Sena, de 56 anos, faz tratamento há um ano e meio no hospital e há seis dias está internada, acompanhada pela filha, Cristiane Bezerra. Ela conta que foi a primeira vez que viu uma iniciativa como essa e que gostou muito de poder assistir ao filme. “Durante os dias que estou aqui, ainda não tinha me distraído. Então é muito bom poder participar de momentos assim. Estou me sentindo até melhor depois dessa oportunidade”, relatou a paciente.

Para quem está inserido nessa rotina como acompanhante, também é um momento de descontração. “Nunca havia participado de um momento de lazer dentro de um hospital. Acho muito bom por distrair os pacientes que, às vezes, ficam tristes e, com esses momentos, eles se envolvem com a história do filme e tiram grandes lições. É sem dúvida um tratamento diferenciado na rede pública”, afirmou Cristiane Bezerra.

Esse envolvimento é também um dos objetivos da terapia ocupacional ao levar o cinema para as enfermarias. “Nós assistimos e avaliamos o filme previamente para ter certeza da mensagem que eles estarão recebendo. A ideia é que sempre sejam filmes leves, com duração em média de uma hora e que possuam mensagens interessantes e para contribuir com o aspecto psicológico, melhorando a autoestima, motivando-os e fazendo-os sorrir”, explicou Leilian Carneiro.

Ao todo são 108 enfermarias no hospital. A proposta é que todas recebam o projeto, que, inicialmente, tinha a intenção de realizar sessões de cinema a cada 15 dias. No entanto, a resposta por parte dos pacientes tem sido tão positiva que a equipe fará as exibições semanalmente.

“Ficamos surpresas com as reações deles. Havia pessoas que estavam resistentes e não queriam assistir aos filmes. Depois que viram a primeira vez, há um envolvimento geral e todos têm sugerido filmes e perguntado quando será a vez da sua enfermaria. É gratificante perceber a aceitação, o que significa que temos resultados positivos quanto a essa humanização que possibilita compartilhamento de vivências entre os participantes”, completou a terapeuta.

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