11 de março de 2019

Março, mês de prevenção do Câncer de Útero

Dentro do calendário mensal de datas temáticas na área da saúde, março é o mês dedicado à prevenção sobre do câncer de útero, uma das maiores causas de morte por câncer entre as mulheres em todo o mundo. Estudos apontam que 265 mil mulheres morrem anualmente devido à doença. No Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de colo uterino é o terceiro tipo mais comum, ficando atrás apenas do câncer de mama e câncer colorretal. A doença atinge, na maioria, mulheres da faixa etária de 45 e 49 anos de idade. A maior incidência dos casos está concentrada na região Norte do país.

Um dos principais fatores que levam ao desenvolvimento do câncer de colo de útero é a contaminação pelo vírus HPV (Papiloma Vírus Humano), transmitido por meio de relações sexuais desprotegidas. A infecção pelo vírus é muito comum e estima-se que cerca de 80% das mulheres sexualmente ativas irão adquiri-la ao longo de suas vidas, mas apenas 5% irão desenvolver alguma doença relacionada ao vírus. Aproximadamente 291 milhões de mulheres em todo o mundo são portadoras do HPV.

Prevenção

A prevenção do câncer de colo uterino pode ser feita de duas formas: por meio da vacina contra o HPV e pela forma tradicional, que consiste na detecção precoce por meio do exame de Papanicolau, principal método de rastreio do câncer de útero. O exame é simples e dura poucos minutos. Nesse exame, popularmente chamado de “preventivo”, um profissional de saúde coleta material do colo do útero e coloca numa lâmina de vidro que, posteriormente, é enviada para um laboratório. Se o resultado do exame indicar a presença de células anormais relacionadas às lesões precursoras do câncer do colo do útero, a paciente é encaminhada para confirmação diagnóstica e tratamento.

De acordo com as diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer de colo do útero, do Ministério da Saúde, mulheres que já tiveram ou têm atividade sexual devem começar a fazer o Papanicolau a partir dos 25 anos. As duas primeiras avaliações precisam ser realizadas com um intervalo de um ano entre elas. Mas, se ambos os resultados vierem negativos, as próximas avaliações podem ser repetidas de três em três anos. Quando a mulher se submete com regularidade ao exame preventivo, o risco de desenvolver um tumor de colo de útero, mesmo que inicial, diminui muito.

O câncer do colo do útero não costuma apresentar manifestações em sua fase inicial, porém, quando aparecem, a mais comum é o sangramento após relações sexuais. Apesar de ser uma doença grave, quando o diagnóstico é precoce, as chances de cura do câncer de colo do útero são grandes. Estima-se que o rastreamento sistemático e o tratamento de lesões precursoras possam reduzir a mortalidade pela doença em até 80%.

Daucyana Castro