3 de dezembro de 2021

Laboratório Central do Maranhão e Fiocruz firmam parceria para aprimorar análise de amostras para a detecção da Covid-19

Profissionais do Laboratório Central do Maranhão (Lacen) estão participando de um treinamento para o uso de tecnologias mais modernas para a identificação de variantes virais como, por exemplo, as do SARS-CoV-2, que causa a Covid-19. O treinamento acontece em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O intuito é agilizar a análise das amostras e melhor definir o cenário da pandemia no estado. Nesta quinta-feira (2), membros da Fiocruz estiveram com o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula. 

“Desde o início da pandemia, o Estado está investindo no aperfeiçoamento do Lacen, que tem tido um papel fundamental no combate à pandemia. Esse treinamento, com uma referência nacional que é a Fiocruz, tem o objetivo de qualificar ainda mais esse trabalho que vem sendo realizado e os estudos que estão em desenvolvimento acerca da Covid-19”, destacou Carlos Lula.  

O diretor geral do Lacen, Lídio Gonçalves Lima Neto, ressaltou a importância do treinamento. “Devemos seguir vigilantes. Somos um estado turístico, recebemos turistas do Brasil inteiro e de todas as partes do mundo. Desta forma, precisamos estar atentos e evitar a disseminação de novos vírus, principalmente em um momento pandêmico que estamos vivendo. É preciso também entender o quanto as variantes estão sendo controladas pela vacinação”, pontuou. 

No Nordeste, além do Maranhão, estão sendo acompanhados e servindo como base para estudos os estados de Pernambuco e Bahia. O treinamento vai possibilitar que o Lacen possa fazer o sequenciamento genético, checar amostras, sem ter que fazer o encaminhamento a outros laboratórios. Ou seja, o tempo de resposta será mais rápido. Os laudos que chegavam a demorar entre 15 a 20 dias para serem emitidos, passarão a ser divulgados em menos tempo. 

“O que a gente sempre faz nos nossos projetos é ir até os laboratórios e em vez de levar amostras, captar amostras, trabalhamos junto com eles, treinando no sequenciamento genético, utilizando um sequenciador de última geração que pode gerar em cada rodada de sequenciamento 96 genomas. Ou seja, a gente consegue sequenciar o vírus de 96 indivíduos e em torno de três dias podemos emitir o resultado”, explicou Luiz Alcântara, pesquisador Sênior da Fiocruz. 

O encerramento do treinamento acontece nesta sexta-feira (3), com apresentação de resultados de estudos e análises realizadas durante o treinamento.

Eduardo Ericeira