6 de junho de 2018

Hospital Regional Materno Infantil em Imperatriz intensifica ações do Teste de pezinho

Referência na realização do teste do pezinho em recém-nascidos, o Hospital Regional Materno Infantil de Imperatriz (MA), unidade gerida pela EMSERH, realiza, mensalmente, entre 90 e 100 testes, que são obrigatórios em todo o território nacional desde 1992, incluído no Programa Nacional de Triagem Neonatal pelo Ministério da Saúde, desde 2011. O teste prevê o diagnóstico e o tratamento de seis importantes doenças genéticas: sífilis congênita, aids, rubéola congênita, doença de chagas congênita e herpes congênita.

O teste do pezinho é muito importante para a saúde da criança, pois as doenças identificadas por meio desse exame não apresentam sintomas quando o bebê nasce. Por esse motivo, a realização do teste pode evitar que essas doenças acabem se complicando, até serem descobertas.

Neste período, atividades relacionadas à importância do teste do pezinho são intensificadas com ações também junto à população. Segundo a direção da maternidade, o teste é realizado ainda em todos os bebês internados na UTI e que ficam em alojamento conjunto.

“O trabalho é bastante efetivo e fazemos busca ativa de casos para recoleta (exames que por algum motivo ficaram impossibilitados de resultado). Os exames são entregues em tempo hábil. Bebês prematuros ainda fazem a 1ª, 2ª e 3ª amostra”, explicou a coordenadora da UTI Neonatal da maternidade, Thalita dos Santos Duarte Freitas, reforçando que fazer esse exame permite a identificação de doenças sérias, que podem prejudicar a saúde do bebê, mas que não apresentam sintomas precocemente.

“Se a criança não fizer o teste e for portadora de alguma das doenças identificadas por ele, pode desenvolver problemas se não receber o tratamento adequado.  Depois que isso acontece, não há como reverter a situação através de um tratamento”, finalizou Thalita dos Santos Duarte Freitas.

No caso de identificar alguma doença, o tratamento precoce é capaz de evitar que ela afete o desenvolvimento da criança. Porém, se não for feito o teste e a doença não for descoberta a tempo para receber o tratamento, os problemas podem se agravar e se tornarem irreversíveis.

Fique sabendo

Como é feito o teste: Com apenas uma picadinha do calcanhar, pode-se identificar uma série de doenças sérias por meio do teste do pezinho, evitando prejuízos no desenvolvimento do recém-nascido. O Ministério da Saúde recomenda que o teste seja realizado entre o 3º e o 5º dias de vida do bebê, com a criança já amamentada. Algumas gotas de sangue são recolhidas num papel-filtro para análise em laboratório. Nesse papel há uma demarcação de círculos, onde cada um deve receber uma gota de sangue.

Durante o exame, geralmente a mãe permanece com o bebê. Porém, há hospitais onde o teste do pezinho é feito sem a presença da mãe. Por esse motivo, é importante perguntar ao médico se o teste já foi realizado e saber quando os resultados serão entregues.

Doenças detectadas no exame

As doenças que podem ser detectadas através do teste do pezinho básico são:

Fenilcetonúria: é provocada pela falta ou redução de uma enzima que realiza a quebra da fenilalanina, aminoácido presente em nosso organismo. Como resultado, pode levar a uma deficiência intelectual.

Deficiência de biotinidase: ocorre com o bloqueio da ação de uma vitamina em nosso corpo. Essa vitamina, chamada biotina, é adquirida por meio da alimentação e sua ausência prejudica o desenvolvimento do intelecto da criança.

Hiperplasia adrenal congênita: prejudica a ação das glândulas adrenais, o que pode afetar o desenvolvimento sexual da criança.

Fibrose cística: trata-se de uma doença crônica que afeta os pulmões, resultando em secreções pulmonares. Também atinge o pâncreas e sistema digestivo, causando uma má absorção intestinal.

Hipotireoidismo congênito: ocorre quando os hormônios da tireoide não são produzidos em quantidade suficiente em nosso organismo, o que prejudica o desenvolvimento neurológico.

Anemia falciforme: esse tipo de anemia tem como origem uma estrutura da molécula de hemoglobina alterada, o que prejudica o transporte de oxigênio e, consequentemente, acaba afetando os órgãos.

Daucyana Castro