28 de julho de 2021

Dia D de Prevenção e Combate às Hepatites Virais é realizado em Policlínicas

Fotos: Laécio Fontenele

Por Daucyana Castro

No Dia D de Prevenção e combate às Hepatites Virais – 28 de julho -, unidades de saúde gerenciadas pela Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH) realizaram uma programação específica com o tema “Pode não parecer, mas você pode ter hepatite”. A campanha faz parte do Julho Amarelo.

Na Policlínica Diamante, a mobilização abrangeu os pacientes presentes na unidade, com dinâmicas, vacinas e testes rápidos. A unidade de saúde agora passa a ser referência estadual no tratamento de hepatites. “A Policlínica Diamante é a partir de hoje a referência estadual do tratamento de hepatites. Temos hepatologista na unidade. Estamos descentralizando o atendimento. Quando o paciente é positivado, ele vai ao Bairro de Fátima e pode continuar o tratamento aqui”, explicou a diretora geral da Policlínica Diamante, Ana Flávia Lustosa.

O senhor Anacleto Martins Viegas, 61 anos, fez o teste por curiosidade. “Nunca tinha feito este exame. Eu estava na fila para marcar o exame, vi a movimentação e tive interesse de vir me informar. Quando se trata de saúde, tudo é importante”, relatou o aposentado.

Senhor Anacleto realizou teste rápido na Policlínica Diamante

A chefe do departamento de atenção às IST/AIDS e Hepatitites Virais, Jocélia Frazão de Matos, explica que as hepatites do tipo A, B e C são as mais predominantes no estado do Maranhão, com aproximadamente 1.000 casos registrados de Hepatite B entre 2016 e 2021 e 700 casos de Hepatite C no mesmo período. O atendimento também ocorre simultaneamente em oito municípios do Estado.

“Nós temos 8 municípios para atender e facilitar para as pessoas que estão precisando desse tratamento. Em Bacabal, Imperatriz, Coroatá, Pedreiras, Timon, Itapecuru, Pinheiro e Açailândia. Onde esses pacientes vão ser atendidos vão receber também a medicação. É um grande avanço para o SUS no estado do Maranhão. E a SES não tem poupado esforços pra garantir o tratamento a essas pessoas” disse Jocélia Frazão.

Na ocasião, a médica hepatologista da unidade Débora Abreu Costa, explicou que hepatites não tratadas podem comprometer seriamente o fígado. “O Julho Amarelo veio para isso, para nos orientar a fazer vigilância e prevenção das hepatites virais. Elas são totalmente preveníveis, tratáveis e curáveis. Hepatites não tratadas podem evoluir para casos de cirrose, câncer de fígado e até transplante do órgão”, disse a médica.

Na Policlínica Cohatrac, sem gerar aglomerações, no período da manhã houve acolhimento com informações sobre a doença, distribuição de preservativos, testes rápidos para detecção do vírus e vacinação.

Hepatites Virais em foco também na Policlínica Cohatrac

“Nós queremos acolher esse usuário que hoje busca atendimento aqui em sete especialidades e aproveitar esse momento para esclarecer a população que muitas vezes ainda desconhece as hepatites virais, que acometem tanto adultos como crianças e realizar testes e vacinação”, frisou a diretora da Policlínica Cohatrac, Karina Viegas.

A aposentada Francisca das Chagas Costa Rodrigues, de 68 anos, foi à unidade consultar com um ortopedista e aproveitou para participar da mobilização e vacinar. “Fui maravilhosamente atendida. A assistência aqui é muito boa. Vim pra consultar e fiquei. Eu nunca fiz teste da hepatite e nunca tomei a vacina e hoje eu estou tendo essa oportunidade na Policlínica do Cohatrac”, disse a aposentada.

A aposentada Francisca das Chagas também vacinou

HEPATITES VIRAIS

As hepatites virais são infecções que atingem o fígado, causando alterações leves, moderadas ou graves e na maioria das vezes silenciosas. São seis tipos de hepatites virais, mas no Brasil as mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C.

Quando há sintomas eles podem se manifestar como cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

Atualmente, existem testes rápidos para a detecção da infecção pelos vírus B ou C e a vacina contra essa infecção, que estão disponíveis no SUS para toda a população.

Daucyana Castro