23 de julho de 2017

Com Cidadão do Mundo, jovem realiza sonho que tinha sido frustrado

Fabiana Moura fala dos números da terceira edição do Cidadão do Mundo. Foto: Handson Chagas/Secap

Além de ter o melhor custo-benefício entre os programas de intercâmbio oferecidos por outros estados, o Cidadão do Mundo, programa do Governo do Maranhão, também se destaca no cenário nacional pela continuidade das ações. Diferente do programa federal Ciência sem Fronteiras – que sofreu um corte drástico e acabou por encerrar a oferta de estudos no exterior para jovens matriculados em universidades – o Cidadão do Mundo continua levando mais jovens para estudar inglês, espanhol e francês fora do Brasil.

O programa maranhense já teve duas edições concluídas e se prepara para finalizar a terceira edição, resultando em mais de 300 jovens enviados para seis países diferentes – África do Sul, Argentina, Canadá, Espanha, Estados Unidos e França – até o final deste ano.

“Nós crescemos três vezes o número de inscritos, chegando a mais de três mil nas três edições, e isso se dá por conta da credibilidade que o programa adquiriu. Com o passar das edições, os jovens perceberam que é uma oportunidade única oferecida pelo Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti)”, diz a coordenadora do programa, Fabiana Moura.

“Em cada uma das edições, o Cidadão do Mundo foi se aperfeiçoando e melhorando. Conseguimos reduzir custos sem deixar de oferecer benefícios aos intercambistas, diferentemente do que vem sendo feito no cenário nacional, inclusive com o cancelamento de programas federais”, completa Fabiana.

A estudante de Direito da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Ellien Vanessa Barbosa, conta que o Cidadão do Mundo veio para suprir uma demanda que ficou aberta depois do encerramento da modalidade pelo Ciência sem Fronteiras.

Isael Coelho, aprovado na terceira edição do Cidadão do Mundo conta da importância dessa oportunidade dado aos jovens maranhenses. Foto: Handson Chagas/Secap

“O corte do Ciência sem Fronteiras interrompeu a chama de um sonho que só reacendeu com o Cidadão do Mundo. Hoje sei que vou fazer um intercâmbio em outro país porque o governo do meu estado vai oferecer”, conta a estudante aprovada para passar três meses em Madri, na Espanha, para estudar espanhol.

Outro selecionado para a terceira edição do programa maranhense foi o estudante Isael Coelho, que vai ao Canadá estudar inglês, com todas as despesas pagas pelo Cidadão do Mundo.

“Foi e continua sendo uma alegria muito grande descobrir que estava bem colocado para uma das cinco vagas para ir ao Canadá, principalmente porque o Brasil perdeu recentemente um programa importantíssimo que é o Ciência sem Fronteiras. É muito bom constatar que o governo maranhense trouxe para nossa realidade, para os jovens maranhenses, essa oportunidade única que é um intercâmbio”, conta o estudante classificado para o programa com a nota de 762 obtida no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2016.

Corte do Ciência sem Fronteiras

No ano passado, o governo federal acabou com as bolsas do programa Ciência sem Fronteiras destinadas a estudantes de graduação que queriam estudar fora do Brasil. Em 2017, a verba federal para pesquisa já caiu 44%, com impacto fortemente negativo para a ciência brasileira.

Ellien Barbosa, conta que fazer o intercâmbio só é possível pela ajuda do Governo do Estado. Foto: Handson Chagas/Secap

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Daucyana Castro