6 de dezembro de 2016

Secretaria de Saúde lança oficialmente campanha ‘Dezembro Vermelho’ no Maranhão

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), deu início nesta segunda-feira (5) ao mês de mobilização sobre a importância da prevenção contra o vírus da Imunodeficiência Humana (HIV/Aids). A solenidade de abertura da campanha reuniu pacientes e seus acompanhantes no ambulatório do Hospital Presidente Vargas (HPV), referência estadual para tratamento da doença.

Foto-2_Divulgação_SES_05122016-Governo-lança-oficialmente-campanha-‘Dezembro-Vermelho’-no-Maranhão-1024x709Estiveram presentes o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, e a subsecretária de saúde, Karla Trindade, juntamente com a presidente da Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (Emserh), Ianik Leal, a superintendente de Atenção Primária em Saúde da SES, Silvia Viana, e a diretora geral do HPV, Leyna Lima. O chefe do departamento de Atenção DST/Aids da SES, Orlando Frazão, a equipe da unidade de saúde e técnicos da SES, também estiveram engajados neste momento de mobilização.

“Temos visto o compromisso e dedicação com o trabalho para prevenção e tratamento da Aids que tem sido realizado neste hospital. É necessário falarmos sobre essa doença e reforçar para que se saiba que existe um tratamento eficaz e que não se pode dar margem para o descuido e falta de prevenção. Continuaremos investindo para que se consiga diminuir a incidência de novos casos, sobretudo, por meio da conscientização”, afirmou o secretário de Saúde, Carlos Lula.

As políticas de integração da saúde e a articulação da Atenção Primária e da Vigilância em Saúde estão proporcionando uma atenção redobrada e contribuindo para a prevenção de novos casos. No entanto, ainda há muito para ser feito, como pontua a superintendente de Atenção Primária da SES, Silvia Viana. “Ainda estamos com dados de epidemia e a doença cresce entre os jovens. O estado tem investido fortemente nessa política com uma dedicação multiprofissional, que inclui o controle social e coloca em prática medidas eficazes para consolidar a prevenção”, ressaltou Silvia Viana.

Durante a solenidade de abertura, foi apresentada uma peça teatral com esse cunho preventivo, o que, para a paciente Lêda Santos, ajuda no entendimento do objetivo da campanha. “Estou em tratamento há quatro anos e posso dizer que encontro aqui uma grande ajuda. Não só pelos medicamentos, mas pela equipe que cuida mesmo do paciente. É muito importante mesmo fazer esse incentivo para as pessoas ouvirem e praticarem, porque não adianta só ouvir sobre o assunto”, considerou a paciente.

A solenidade foi finalizada com a formação de um grande laço humano com a equipe do HPV, técnicos da SES e membros do controle social, que juntos, soltaram balões vermelhos enfatizando a frase ‘Viva a Vida!’.

Mobilização

O que se pretende com o ‘Dezembro Vermelho’ é que a informação alcance a maior parte da população. No Maranhão, dos 217 municípios que compõem o Estado, 214 já apresentaram pelo menos um caso notificado de Aids. No ano de 2016, até o mês de novembro, foram notificados 606 novos casos apenas no Hospital Presidente Vargas.

Segundo a diretora geral da unidade, Leyna Lima, é grande o contingente de pessoas em tratamento na unidade. “Temos 5.071 pacientes cadastrados para receber os antirretrovirais. A estimativa é de 4.041 em acompanhamento regular e de a cada mês, 50 novos pacientes serem diagnosticados em nossa unidade. O engajamento da SES e a parceria com as coordenações de HIV têm nos permitido oferecer todo o suporte necessário para tratar esses pacientes que vem de todo o estado”, explicou a diretora.

O estado oferece testes rápidos na Unidade Básica de Saúde (UBS), que é onde o cidadão tem o primeiro atendimento de fácil acesso. Quando o diagnóstico é positivo, permite um tratamento mais adequado e, consequentemente, a redução da prevalência e incidência do vírus. A SES reitera a importância da prevenção e dos testes rápidos, para que nos casos diagnosticados o tratamento seja iniciado de forma permanente, pois apenas o tratamento garante qualidade de vida aos pacientes e a quebra da cadeia de contaminação pelo vírus.

Daucyana Castro