16 de janeiro de 2019

Divulgado o resultado do seletivo para Residências Médica e Multiprofissional de 2019

A Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH) e a Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) divulgaram, nesta terça-feira (15), o resultado dos seletivos para os programas de Residência Médica e Multiprofissional para as unidades de saúde pública do estado. Os seletivos foram realizados em novembro passado em São Luís e Caxias e atraíram mais de 1.500 candidatos, inclusive de outros estados.

A lista preliminar com os nomes dos candidatos aprovados pode ser consultada pela internet nos endereços eletrônicos www.uema.br/residenciamedica e www.uema.br/residenciamultiprofissional. De acordo com as regras dos seletivos, entre os dias 16 e 17 o candidato poderá interpor recurso, caso discorde do resultado preliminar das provas.

O resultado final com todos os selecionados para os programas maranhenses de Residência Médica e Residência Multiprofissional em 2019 será divulgado no próximo dia 21. Fica de fora desse prazo somente o seletivo para residência médica em UTI adulto. O resultado preliminar para esse Programa está previsto para ser divulgado no dia 4 de fevereiro.

As novas turmas dos programas maranhenses de Residência em Saúde começam em março. Para 2019 foram oferecidas 69 vagas, distribuídas entre nove programas de Residência Médica e cinco programas de Residência Multiprofissional.

Os programas de Residência em Saúde são modalidades de ensino de pós-graduação, na modalidade Especialização, destinada a médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e a outras categorias profissionais atuantes na área da saúde. Os programas de Residência têm duração de dois ou três anos, dependendo da especialidade, com aulas teóricas e práticas prestadas dentro dos hospitais. Durante esse período de especialização acadêmica, o profissional residente estuda e trabalha na unidade de saúde em regime de dedicação exclusiva.

Residência: Um investimento estratégico de formação

Residentes de Oncologia durante aula no Hospital de Câncer do Maranhão Foto(divulgação)

Residentes de Oncologia durante aula no Hospital de Câncer do Maranhão Foto(divulgação)

Cada profissional residente, seja médico ou de outras categorias ligadas ao setor de saúde no Brasil, recebe mensalmente uma bolsa-auxílio de R$ 3.330. No Maranhão, somente os programas de Residência Multiprofissional e o programa de Residência Médica em Psiquiatria são custeados, atualmente, pelo Ministério da Saúde. Nos demais programas estaduais de Residência Médica oferecidos (um total de 08 programas), as bolsas-auxílio dos profissionais residentes são integralmente pagas pelo Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES). De janeiro a novembro deste ano as despesas com o custeio das bolsas dos programas de Residência Médica chegam a mais R$ 2 milhões.

Além das bolsas para os residentes, os investimentos do governo estadual no processo de formação dos médicos incluem também o pagamento aos preceptores dos programas, os profissionais responsáveis pelo treinamento dos residentes. Cada tutor de programa de Residência recebe uma bolsa-auxílio mensal de R$ 2 mil. A partir de março do ano passado, com a entrada em vigor da Lei nº 354/17, de autoria do Executivo estadual, o pagamento da chamada Bolsa-tutor no Maranhão se tornou permanente. Este ano, mais de R$ 2,5 milhões serão investidos no pagamento de bolsas-auxílio aos tutores dos programas de Residência em Saúde no estado.

“Ao assumir a responsabilidade pelo pagamento da bolsa dos programas de Residência Médica e também aos tutores o governo Flávio Dino reafirma o seu compromisso de melhorar continuamente os indicadores de saúde do Maranhão”, avalia a médica Ianik Leal, diretora de Residências e ensino em Saúde do Maranhão.

A oferta de programas de Residência no estado de origem do médico é estratégica também para diminuir o déficit de médicos especialistas no estado, explica a pneumologista e intensivista Ana Cláudia de Carvalho, chefe do serviço de Residência Médica no Maranhão. “Quando a residência é feita no Estado de nascimento do médico, a tendência natural é ele se fixar na região. Ao fim da especialização, o hospital geralmente incorpora o médico definitivamente ao seu quadro de profissionais”.

Para o presidente da Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares, Rodrigo Lopes, fortalecer os programas de Residência tem uma importância estratégica para a área da Saúde. “Investir no incremento da formação teórico-prática dos residentes gera impactos significativos a médio e longo prazo, pois estamos aprimorando o conhecimento e a competência dos profissionais que lidam diariamente com a saúde do cidadão”, conclui.

Segundo dados da Coordenação de Residências em Saúde do Maranhão, entre 2010 e 2018, cerca de 100 médicos receberam título de especialista após a graduação em programas de Residência Médica oferecidos em hospitais públicos do estado.

Fonte: Comunicação e Marketing/EMSERH

Daucyana Castro